jueves, 22 de mayo de 2008

ANIQUIRONA, XIV- EN PORTUGUÉS


Estrangeira

hei de questionar

até que ponto a solidão e o olvido são benditos

até que ponto

ensimesmar-se no naufrágio

seja um ato de navegação até o cosmo.

O apaziguamento

é preciso

para encontrar o fantasma da outra margem

e o silêncio

é a enramada

que povoa de juncos e de ecos

este espelho de que pende

a imagem dos homens.

Qual dos quartos do olvido

habito neste instante?

Estou contigo, forasteira?

Ou, acaso, persiste a cegueira

nas longas caminhadas

pelas alcovas onde repousa a belíssima morte?




TRADUCCIÓN DE ANTONIO MIRANDA

No hay comentarios: